Práticas Educacionais Inovadoras

O ensino híbrido, ou blended learning, é uma tendência na educação e consiste em adotar diferentes métodos de ensino, misturando técnicas de aprendizagem diferentes. Esse tipo de ensino atinge diferentes tipos de alunos, tornando a aprendizagem mais democrática e ampla, já que através da utilização de técnicas variadas, consegue favorecer várias habilidades diferentes. Várias teorias já discutiam a necessidade de uma aprendizagem mais personalizada, entre elas temos a teoria de Kolb (1984), que propõem atividades diferenciadas para atender às preferencias dos diferentes alunos, que segundo ele, podem ser classificadas em 4 principais estilos: o Ativista, que é mais imediatista e preferem aprender através da experiência e por tentativa e erro; o Reflexivo, que é mais observador e gosta de pensar, analisar, estudar e avaliar, observando o problema sobre diversas perspectivas; o Teórico, que prefere a contextualização, teorias, modelos, esquemas, desafios intelectuais, etc.; e

Muitas estratégias de ensino baseadas em metodologias ativas vem sendo discutidas e aplicadas cada vez mais na educação atual, entre eles temos a Aprendizagem baseada em problemas (ABP/ ABProb), ou Problem Based Learning (PBL) e a Aprendizagem Baseada em Projetos. A Aprendizagem baseada em problemas surgiu na década de 1960, como uma estratégia inovadora de ensino, no qual os estudantes trabalham para solucionar um problema real ou simulado a partir de um contexto. Esse tipo de estratégia defende um ensino integrado, envolvendo diversas áreas, organizado em competências, problemas e níveis de complexidade crescentes, onde os alunos deverão debater, discutir, refletir sobre as possibilidades de soluções individualmente e em grupo. A ABP reduz a distância entre a teoria e a prática, tornando a aprendizado mais significativo. A Aprendizagem baseada em problemas tem sido aplicada em diversas áreas do conhecimento, como na engenharia, computação, administração, arquitetura, etc.

Durante muitos anos a escola adotou um sistema de ensino tradicional, onde o professor era detentor de todo o conhecimento e passava seu conhecimento aos alunos através de aulas expositivas, e os alunos organizados em fileiras, somente absorvendo os conteúdos passados pelo professor, como uma esponja. Nesse cenário o professor se destacava, sendo o protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Contudo, nos últimos anos, com o advento das tecnologias, a sociedade evoluiu, exigindo pessoas mais engajadas, criativas, colaborativas, empreendedoras, etc. Sendo assim, a escola também precisou evoluir. Muitos estudiosos já discutiram a necessidade de mudanças no sistema de ensino, como por exemplo, aprendizagem pela experiência, de John Dewey, a aprendizagem significativa de David Ausubel e a aprendizagem pela autonomia de Paulo Freire, com metodologias diferenciadas, centradas alunos, que buscam o desenvolvimento de habilidades e competências significativas.

Ao iniciar as leituras propostas no Tema 1 - Aproximação, me deparei com as expressões "nativo digital" e "imigrante digital". Descobri que o conceito de Nativos Digitais foi difundido através do famoso artigo "Digital Natives, Digital Immigrants", do escritor e designer de videojogos norte-americano Marc Prensky, em 2001. Através de seu artigo Marc Prensky descreve muito bem o conflito vivenciado diariamente nas escolas, onde temos de um lado professores e educadores acostumados a um sistema de ensino tradicional, lamentando porque seus alunos não aprendem e se dedicam tão bem quanto eles, enquanto alunos, aprenderam e se dedicaram as suas tarefas, provas, etc., e, do outro lado temos os alunos, que por sua vez, reclamam das aulas "chatas" e tediosas que enfrentam diariamente. Segundo Prensky os alunos não são os mesmos de antes, eles mudaram, pertencem a outra geração nascida na tecnologia, e portanto, não aprenderão como as gerações